Feira reúne cuteleiros artesanais em Sorocaba

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domingo, agosto 05, 2012

Feira de Cutelaria supera expectativas em sua primeira edição


Começou ontem e prossegue até às 20 horas de hoje, a primeira Feira de Cutelaria Artesanal de Sorocaba, que contou com 80 expositores e uma aderência grande de público. Segundo Luiz Antônio Camargo, um dos coordenadores do evento, a primeira edição dessa feira – que entrará para o calendário oficial da cidade – superou expectativas de público. “Está um sucesso total; esperamos mais de mil pessoas.”

Os visitantes ainda têm a chance de conhecer a Faca Sorocaba, usada no tempo do Tropeirismo na feira de muares, e era utilizada como moeda de troca. O público também terá opções de compra de objetos cortantes com detalhes em prata, ouro, couro entre outros materiais. 

Às 14 horas, haverá apresentações de um chefe de cozinha e demonstrações de arqueria e forjamento de uma faca – que é a produção manual do objeto. Ao longo do dia também haverá um concurso entre os cuteleiros de todo o País, em diversas modalidades. 

O empresário Daemon Vieira ficou surpreso com este acontecimento. “Quem gosta de arte está satisfeito”, afirmou. Ele contou que já fez algumas facas e que estava ansioso para demonstrações de forjamento. 

Priscila Lorencitini, 30 anos, veio de Jarinu acompanhar o marido, que é cuteleiro. “Ele trabalha com isso há três anos e eu o acompanho.” Ela contou que já conhece alguma coisa da área, e que achou a feira muito interessante. “Acabei de ver uma faca com cabo de osso de girafa. Achei surpreendente”, comentou. A assistente de vendas acredita que por ser a primeira feira da cidade está muito acima das expectativas.  

O evento abre as portas às 10 horas no Instituto Humberto de Campos, na rua Humberto de Campos, 541. A entrada custa R$ 10.

Matéria publicada em: 04/08/2012 às 23h45: - Diário de Sorocaba

quarta-feira, agosto 01, 2012

Feira de Cutelaria entra no calendário oficial da cidade

A 1ª feira de Cutelaria Artesanal de Sorocaba, que será realizada neste final de semana, já entrou para o calendário oficial da cidade. O evento, que tem lugar no Instituto Humberto de Campos, na rua Humberto de Campos, 541, das 10 às 20 horas, reunirá 90 cuteleiros inscritos, com confirmações de dois profissionais internacionais. Durante a feira, haverá comercialização de objetos cortantes, além de couro, montaria e prataria.
 
Às 14 horas do dia 4, sábado, Flávio Duprat, considerado o “papa” da afiação. dará uma palestra; já no domingo, no mesmo horário, haverá apresentações de um chefe de cozinha e demonstrações de arqueria e forjamento de uma faca – que é a produção manual do objeto.
 
Na exposição, os visitantes conhecerão a Faca Sorocaba, conhecida internacionalmente. “Esta faca era usada na época do Tropeirismo como moeda de troca na feira de muares. Muitos estrangeiros, após conhecer a Faca Sorocaba, é que procuram saber a história da cidade”, disse o cuteleiro e um dos organizadores da feira, Luiz Antônio Camargo.
 
Para Edson Vieira, que também organiza o evento e é cuteleiro há 11 anos, o ofício está crescendo muito na cidade. Ele é advogado e deixou a profissão para se dedicar à cutelaria e ministrar cursos na área. “A demanda de cursos é muito grande. A procura geralmente é por hobby. As pessoas querem fazer facas como terapia”, disse.
 
Durante o evento, haverá concurso com diversas modalidades, como disputa de melhores facas e melhor faca iniciante, que serão julgadas por uma comissão composta por cuteleiros renomados do País.
 
A feira ainda terá uma surpresa. O lançamento de um modelo de faca que os organizadores não puderam revelar. “O nome está em segredo, mas será muito importante este lançamento para os cuteleiros de Sorocaba”, afirmou Vieira. Cada faca é considerada uma arte e somente com o tempo o cuteleiro é reconhecido no meio.
 
“Em 2001, 70% da minha produção era exportada para os Estados Unidos, Alemanha, França, Espanha e Itália”, contou Vieira. O cuteleiro disse que as pessoas que encomendam as facas geralmente são colecionadores, pescadores, chefes de cozinha e até caçadores. A confecção de uma faca pode durar de um mês, pois cada peça é única e os detalhes em couro, prata, ouro são importados. “Cuteleiro precisa conhecer o aço, madeira, ouro, prata entre outros materiais, como fósseis”, afirmou Luiz Antônio.
 
Uma faca pode custar de R$ 600 a R$ 18 mil, dependendo do material utilizado para fazer o cabo e seus detalhes. Apesar do preço alto, o comprador leva para a casa um certificado de garantia vitalícia
 
LIVRO - Os dois cuteleiros irão lançar, em breve, um livro do ofício, resgatando a história da faca na cidade. “Faca Sorocaba – o mito” deve ser conhecido ainda neste ano. “Não tivemos tempo hábil para publicar antes da feira, pois o evento tomou muito nosso tempo”, alegou Luís Antônio, que já escreveu oito livros (de diversos segmentos) e coleciona facas desde os 18 anos.
 
Matéria publicada no jornal Diário de Sorocaba em 31/07/2012